Sumário
A tireoide é uma glândula endócrina localizada na região anterior do pescoço, logo abaixo do “pomo de Adão”. É muito comum o surgimento de nódulos neste órgão, sendo ainda mais frequentes em mulheres depois dos 50 anos.
A maioria absoluta dos nódulos tireoideanos é benigna, mas também pode ocorrer o surgimento de doenças malignas na região, sem importante avaliação especializada para identificação e diagnóstico adequados.
Quando são detectadas estas lesões, é necessário que o paciente busque ajuda médica, para que o especialista possa avaliar o quadro e determinar se se trata de um nódulo benigno ou maligno.
Sintomas
A maioria dos nódulos tireoideanos é assintomática, ou seja, o paciente não apresenta qualquer queixa. Nestes casos, o nódulo pode ser identificado “acidentalmente” durante exames de imagem para investigar outras doenças ou simplesmente feitos em caráter de check-up.
No entanto, alguns pacientes podem relatar sintomas por causa da presença dos nódulos tireoidianos, percepção dos mesmos, dor de garganta, inchaço no pescoço, dificuldade em respirar ou engolir, perda de peso sem uma causa aparente, tremores, nervosismo, rouquidão ou até mesmo a perda da voz.
Exames
Para que o médico possa diagnosticar a presença ou não de nódulos tireoidianos a primeira medida é o exame físico, com inspeção e palpação (dinâmica e estática) do pescoço.
Após a identificação da presença destes nódulos, o especialista pode solicitar ao paciente a realização de outros exames, como testes laboratoriais e exames de imagem, sendo o principal deles a ultrassonografia.
Com o diagnóstico em mãos, pode ser solicitada ainda uma punção aspirativa do(s) nódulo(s), para que este(s) possa(m) ser analisado(s) e, enfim, identificado se este é benigno ou maligno.
Como tratar
Conforme citado neste texto, boa parte dos casos de nódulos tireoidianos não geram qualquer sintoma clínico. Contudo, em outros casos o paciente enfrenta sintomas que prejudicam sua qualidade de vida.
O tratamento dos nódulos tireoidianos costuma ser cirúrgico. Pode-se proceder à retirada completa da tireoide ou apenas parte dela. Além dos quadros com suspeita de malignidade, esse procedimento é recomendado também em casos de nódulos benignos em que o paciente tem dificuldade para engolir ou respirar.
A depender da extensão da cirurgia e da resposta metabólica do organismo do paciente, pode ser necessária reposição hormonal tireoideana, além de acompanhamento regular e exames periódicos para se conferir o equilíbrio do organismo e a produção adequada de hormônios relacionados.
Causas prováveis
Embora ainda se desconheça o que pode causar o aparecimento de nódulos tireoidianos, em geral as mulheres tendem a ter esse problema com mais frequência.
Outro fator identificado é que as pessoas que possuem casos na família podem ter maior frequência de, em alguma fase de sua vida, desenvolver nódulos na tireoide.
Por fim, vale a pena ressaltar que pessoas submetidas a altas doses de radiação apresentam maior risco de desenvolver nódulos malignos da tireoide.
Nódulos e câncer
Quando há a identificação da existência de nódulos tireoidianos, é importante ficar atento a alguns sinais que podem indicar se tratar de um câncer. Neste caso, deve-se iniciar o acompanhamento médico o quanto antes, pois essa doença costuma ter maiores chances de cura quando é tratada em sua fase inicial.
Sinais como nódulos endurecidos ou que cresçam muito rápido, que mudam de padrão de crescimento, que apresentem linfonodomegalias associadas e que aparecem em pessoas com menos de 20 anos ou maiores de 60 são indicativos de que o quadro pode ser de câncer.
Existem sinais sugestivos de malignidade aos exames de imagem, tais como irregularidade de bordas, nódulos sólidos, microcalcificações, e hipoecogenicidade. Outros sinais que podem apontar que se trata de nódulos tireoidianos malignos são alterações vocais, como a rouquidão ou mesmo a paralisação das cordas vocais.
Por isso, caso seja identificado qualquer um destes fatores, é fundamental que o paciente busque ajuda médica imediatamente.
No entanto, quando o nódulo possui até 1 centímetro e não tem características de malignidade, o acompanhamento regular com exames de imagem é o mais recomendado.
Nódulos tireoidianos e gravidez
Estudos recentes indicaram que as mulheres que possuem nódulos tireoidianos não têm dificuldades maiores para engravidar, em comparação com outras que não possuem o problema.
Contudo, a detecção de um nódulo durante a gestação requer mais atenção do especialista, pois este pode alterar a produção de hormônios, afetando assim o desenvolvimento do bebê.
Por isso, para evitar problemas no desenvolvimento do feto, pode ser recomendado que a gestante tome medicamentos que ajudem a regular o funcionamento da tireoide.
Confira também, nosso vídeo sobre o tema:
Se você conhece alguém que tenha nódulos tireoideanos ou se precisa de ajuda, procure um Cirurgião de Cabeça e Pescoço para passar por avaliação e determinar a melhor forma de seguimento / tratamento.