Dr. Arthur Vicentini

Inflamação de glândulas salivares: conheça as causas da sialoadenite

Atualizado em: 16/11/2021
Tempo de leitura: 3 minutos
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Sialoadenite é o nome dado à inflamação que acomete as glândulas salivares.

Alguns dos sinais e sintomas da sialoadenite são boca seca, dificuldade para falar ou engolir, dor na boca, vermelhidão da mucosa oral e edema (inchaço). Sintomas sistêmicos como febre e também podem ocorrer em alguns casos.

As possíveis causas de sialoadenite são muitas, podendo haver combinações de mais de uma origem, em determinadas situações. Preparamos este artigo para apresentar as principais delas, a fim de que você entenda os mecanismos que levam à inflamação das glândulas salivares. Continue lendo e descubra.

Infecções

Alguns vírus e bactérias podem acometer as glândulas salivares, fazendo com que elas apresentem as alterações acima descritas. Além da caxumba, infecção viral bastante comum em certos grupos, outros vírus e bactérias como o Staphylococcus aureus, os Streptococcus e outras podem causar essas infecções.

Desidratação

Pacientes que em quadro de desidratação decorrente de qualquer condição apresentam redução da produção de saliva.

Pessoas idosas são suscetíveis a essa condição, uma vez que com o passar do tempo a percepção de sede é alterada e a ingestão líquida pode ficar prejudicada. Muitas outras causas de desidratação podem ser citadas, sendo que todas elas levam ao risco de manifestação de sialoadenites por conta de múltiplos fatores por ela desencadeados.

Xerostomia

A xerostomia (“boca seca”), é um problema crônico caracterizado pela redução do fluxo salivar. Ou seja, o organismo passa a produzir menos saliva, prejudicando a irrigação da boca.

Pessoas com xerostomia também ficam mais suscetíveis à sialoadenite. Isso porque a redução do fluxo salivar aumenta a suscetibilidade para infecções por vírus e bactérias. Além disso, aumenta a propensão para a formação de cálculos nos ductos / glândulas salivares.

Sialolitíase

Sialolitíase é o nome dado para a formação de cálculos ou pedras nas glândulas / ductos salivares. Essas formações dificultam o fluxo salivar, podendo até mesmo provocar uma obstrução dos ductos.

A presença das pedras, levando a redução do fluxo ou obstrução dos mesmos, favorecem a inflamação na glândula salivar. Também aumenta a suscetibilidade para as infecções por vírus ou bactérias, o que eleva as chances de desenvolver a sialoadenite.

Tratamento oncológico

Os tratamentos oncológicos provocam diferentes reações no organismo, dependendo do procedimento realizado. Pessoas submetidas à radioterapia na cavidade bucal, ou aquelas que fizeram tratamento com iodo radioativo para o câncer de tireoide, por exemplo, podem ter como complicação essa inflamação.

Síndrome de Sjögren

A Síndrome de Sjögren é uma doença reumatológica, auto-imune. Nesse caso, o sistema imunológico do paciente cria mecanismos de defesa contra a própria glândula salivar e as glândulas lacrimais. Esse processo provoca alterações em suas funções e leva ao surgimento da sialoadenite.

Má Higiene, Tabaco e Álcool

A falta de higiene adequada da cavidade oral, bem como o uso de substâncias nocivas presentes nas bebidas alcoólicas e no cigarro podem levar a inflamações da mucosa oral e consequente redução do fluxo salivar, originando o quadro de sialoadenite.

O tratamento da sialoadenite é realizado conforme o fator desencadeante da inflamação. Medicamentos como anti-inflamatórios e analgésicos costumam ser utilizados para controlar os sintomas e reduzir o edema. Em casos de infecção bacteriana, o uso de antibióticos deve ser aventado. Caso o problema seja provocado pela sialolitíase, pode ser necessário fazer a retirada do cálculo.

Confira também, nosso vídeo sobre o tema:

Manter a boa hidratação do organismo para garantir um fluxo salivar constante e o equilíbrio do pH dele ajuda a fazer a prevenção da sialoadenite. Porém, caso ela se manifeste, consulte um Cirurgião de Cabeça e Pescoço para descobrir o que está provocando esse problema e eliminar o fator desencadeante, mantendo o equilíbrio do seu corpo.

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A imagem mostra uma pessoa com as mãos no pescoço de uma mulher.

Dr. Arthur Vicentini da Costa Luiz

CRM-SP 154.086
Médico graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência médica em Cirurgia Geral e Cirurgia de Cabeça e Pescoço.

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Médico examinando o pescoço de uma paciente em consultório, com ícone do YouTube sobreposto ao centro da imagem.

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