Dr. Arthur Vicentini

Nódulo na parótida pode ser câncer?

Atualizado em: 16/11/2021
Tempo de leitura: 4 minutos
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Nódulo Na Parótida Pode Ser Câncer?

Apesar dos avanços da Medicina, a palavra “câncer” ainda carrega muito estigma para a população em geral. O surgimento de um nódulo e a suspeita de malignidade, em algumas situações, traz tanto sofrimento psicológico quanto físico, fazendo com que o indivíduo experimente sensações tão ruins que perde o controle sobre sua vida e sobre os caminhos a serem percorridos para o diagnóstico e tratamento.

Na área de atuação da Cirurgia de Cabeça e Pescoço, existem vários locais onde esta doença pode se desenvolver, dentre eles as glândulas salivares. A glândula parótida é a maior delas e, portanto, pode ocorrer ali o surgimento de nódulos que, por fim, se identifiquem como malignos. Mas será que isso acontece em todos os casos?

Para saber a resposta dessa pergunta, continue lendo este artigo! Nele explicaremos melhor o que são os nódulos da parótida, se todos eles são de fato malignos e quando é preciso se preocupar.

A formação de um nódulo na parótida indica câncer?

A parótida é uma glândula salivar que se localiza na região mais anterior e próxima da orelha. São duas, uma em cada lado da face, ambas responsáveis por grande parte do volume de saliva produzido pelo nosso organismo. 

Assim como muitas outras estruturas do corpo humano, as glândulas parótidas podem desenvolver nódulos. Eles se caracterizam pela proliferação exagerada de células nessa região, mas nem sempre o tumor que se forma é maligno. 

Em cerca de 80% dos casos, o nódulo da parótida é benigno, sendo o subtipo mais comum o adenoma pleomórfico. Existem, ainda, os nódulos conhecidos como tumores de Warthin, também benignos e com certa relação com tabagismo. Esses são os dois subtipos de tumores mais comuns da parótida, sendo ambos benignos. No entanto, apesar de a maioria dos tumores da parótida serem benignos, existem tumores malignos dessa região e as características clínicas relacionadas a eles podem ser uma pista para o diagnóstico.

Como saber se o nódulo é um câncer ou não?

Tumores benignos e malignos apresentam características clínicas diferentes. Uma delas é no que se refere a sua aderência aos tecidos. Os tumores benignos costumam ser móveis, ou seja, quando palpamos, conseguimos movimentá-los. Já os tumores malignos podem apresentar algum grau de infiltração em relação à pele e/ou tecidos profundos, fazendo com que não se movimentam com facilidade.

Outros sinais e sintomas que podem sugerir malignidade são:

● dor;
● paralisia da face (por invasão do nervo facial)
● vermelhidão localizada;
● formigamentos;
● mudança do padrão de crescimento do nódulo.

Estes sintomas podem sugerir malignidade, no entanto, sempre que surja um nódulo na região parotídea, é importante procurar um médico especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço para que seja realizada a investigação adequada.

Além do exame clínico, podem ser solicitados exames complementares de imagem e até uma biópsia com o intuito de fazer a coleta de amostras de células para analisar em laboratório. Dessa forma é possível saber ao certo quais células compõem o nódulo e definir se ele é ou não um câncer.

O que fazer se o nódulo for diagnosticado como câncer?

Conforme citamos, o câncer é uma doença que ainda desperta muito medo nas pessoas, no entanto, é importante saber que houve uma grande evolução nos tratamentos possibilitando, em boa parte dos casos, alcançar a cura.

Por isso, quando um nódulo da parótida é diagnosticado como maligno o ideal é seguir todas as recomendações do especialista e realizar os tratamentos propostos.

O tratamento principal costuma ser realizado através de cirurgia para remoção de toda a glândula parótida, com o intuito de remover também os tecidos que a circundam, para se ter uma margem de segurança, garantindo que todo o tecido doente foi retirado. A preservação do nervo facial, quando possível, é tentada, para evitar alterações da movimentação facial. Pode, ainda, ser necessária a retirada dos linfonodos cervicais próximos à parótida para evitar disseminação do tumor.

Em casos selecionados, a radioterapia deve ser realizada após a cicatrização do procedimento e, em casos ainda mais específicos, a concomitância com quimioterapia se faz necessária.

Não se esqueça: a primeira medida que você deve adotar caso perceba um nódulo na região da parótida é procurar um especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço, que irá ajudá-lo na investigação e tratamento desta lesão. Lembre-se de que, na maioria dos casos, o tumor é benigno, porém somente com uma boa avaliação e tratamento adequados podemos alcançar os resultados esperados.

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Ao fundo da imagem, há uma mulher de cor clara, de óculos, com as mãos na bochecha.

Dr. Arthur Vicentini da Costa Luiz

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Médico graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência médica em Cirurgia Geral e Cirurgia de Cabeça e Pescoço.

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