Sumário
O câncer de faringe (popularmente conhecida como “garganta”) é uma doença, por vezes, muito agressiva. O diagnóstico e tratamento adequados devem ser feitos o mais rápido possível para reduzir as chances de sequelas tanto da doença quanto do tratamento, aumentando as chances de cura. Quando não tratados de forma adequada, os tumores malignos podem crescer, invadir órgãos próximos e até se espalhar para outras regiões, as chamadas “metástases”.
As células tumorais podem se desenvolver em diversas parte do organismo, e isso não é diferente com a faringe. Por ser um órgão de grande importância, onde estão envolvidas funções vitais como a respiração, fala e alimentação, esses processos podem ficar prejudicados por conta de tumores desta região.
O câncer de faringe está muito associado aos hábitos de um indivíduo, por isso, em muitos casos é possível fazer a sua prevenção. Nós preparamos este artigo para deixar o alerta e apresentar os sintomas característicos dessa doença. Continue lendo e veja quando é preciso procurar um especialista.
O que é o Câncer de Faringe?
A região popularmente conhecida como garganta, também chamada pelos médicos de Faringe, é aquela que compreende a parte posterior da cavidade nasal, parte posterior da cavidade oral e a região logo abaixo desta, antes de começarem a laringe (conhecida como “caixa da voz”) e o esôfago (canal por onde o alimento passa, antes de chegar ao estômago). Estão compreendidas na faringe a base da língua, o palato mole, as amígdalas, pilares amigdalianos, paredes laterais e parede posterior. Fazem parte, ainda, da faringe, os seios piriformes e a epiglote.
Ali encontramos células características dessa parte do corpo, e que assim como todas as demais do organismo, se multiplicam num determinado ritmo. O câncer nada mais é do que uma mutação no código genético das células, levando à multiplicação descontrolada destas. Com isso, surgem os tumores, que, como já dissemos, podem crescer, infiltrar outras regiões e se espalhar.
Sendo assim, o câncer de faringe, como todos os demais, é uma doença invasiva que acomete o organismo e pode colocar em risco a vida do indivíduo, caso ele não receba diagnóstico e tratamento adequados.
Quais são os sintomas do câncer de garganta?
A faringe está envolvida em diversas funções essenciais do organismo. Ela contribui com a fala, a respiração e a alimentação. Por isso, ali são encontrados diversos tipos de células e tecidos, então, podendo ser sítio de origem de diferentes tipos de tumor. O mais comum deles é o carcinoma de células escamosas, também conhecido como carcinoma espinocelular (CEC).
Os principais sintomas relacionados com os tumores de faringe são:
- rouquidão e outras alterações persistentes da voz;
- dificuldade para engolir;
- dificuldade para respirar;
Podem surgir sintomas associados, como:
- sensação de objeto preso na garganta;
- nódulos no pescoço;
- irritação persistente na garganta;
- dor de ouvido;
- tosse;
- dificuldade para movimentar a língua ou mandíbula;
- perda de peso sem razão aparente.
É importante salientar que, embora esses sintomas caracterizem o câncer de faringe, a manifestação deles não implica necessariamente a presença de um tumor. Por este motivo, quando do surgimento destes sintomas, é importante procurar um Cirurgião de Cabeça e Pescoço para avaliação detalhada e, quando necessário, solicitação de exames complementares, como tomografias, nasofibrolaringoscopias e biópsias, sejam abertas ou por punção aspirativa por agulha fina.
O que causa e como evitar o câncer de faringe?
São conhecidos os fatores de risco que favorecem o desenvolvimento do câncer de faringe. O uso de determinadas substâncias ou presença de infecções virais podem levar às mutações causadoras dos tumores.
Algumas possíveis causas da doença são:
- tabagismo;
- consumo excessivo de álcool;
- prática de sexo oral sem proteção;
- mascar ou inalar derivados do tabaco;
- exposição a produtos químicos;
O aumento da idade, junto com a exposição aos fatores acima, faz aumentar a incidência de tumores desta região, sendo mais prevalente em pacientes acima dos 60 anos.
Além disso, ocorre com maior frequência entre os homens, uma vez que o tabagismo e o consumo de álcool estão muito relacionados com essa doença, e esses são hábitos mais recorrentes entre o público masculino, apesar de estas proporções estarem mudando, ao longo do tempo.
Em países desenvolvidos, por exemplo, a infecção por HPV, decorrente da prática de sexo oral sem proteção, já é fator de risco mais importante que o tabagismo e o uso de álcool. No Brasil, esta proporção ainda não se inverteu.
Por isso, fazer a prevenção do câncer de garganta envolve, principalmente, evitar os hábitos nocivos, manter uma dieta saudável, além de fazer o acompanhamento médico regular. Dessa forma, você reduz as chances de desenvolver tais tumores, melhorando sua saúde e tendo mais qualidade de vida!