Dr. Arthur Vicentini

Traqueostomia: quais os cuidados e a possível decanulação

Atualizado em: 06/09/2023
Tempo de leitura: 3 minutos
A traqueostomia é um procedimento médico que envolve a criação de um pequeno orifício no pescoço de um paciente para permitir a respiração direta, contornando a via aérea superior. Este dispositivo desempenha um papel fundamental em diversas situações clínicas, incluindo casos de disfagia grave, tumores no pescoço, intubações prolongadas e traumas.
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Neste post, explicaremos em detalhes o que é a traqueostomia, suas indicações e os desafios relacionados à fala que os pacientes enfrentam ao utilizá-la, além de tirar algumas dúvidas sobre a sua retirada. Confira! 

O que é a traqueostomia e quando é indicada

A traqueostomia é um dispositivo que o paciente usa no pescoço para poder respirar de forma que o ar não precise passar pela via aérea alta. É basicamente um buraquinho no pescoço para que o ar entre, desça para os pulmões, aconteça as trocas gasosas e depois saia pelo mesmo canal.

A indicação para fazer esse procedimento é diversa, podendo ser indicada em caso de:

  • Pacientes com disfagia mais grave (com dificuldade para engolir);
  • Pacientes que têm tumores na região do pescoço;
  • Pacientes que passaram por uma intubação mais prolongada ou que tiveram algum trauma.

Além de várias outras alterações que podem acontecer e levar à necessidade de fazer traqueostomia.

Alterações na voz

Quando o paciente usa traqueostomia, existe a possibilidade do ar passar direto por baixo e não passar pelas vias aéreas superiores, com isso, acontece uma dificuldade para falar, porque a caixa da voz fica logo acima desse buraquinho.

Cada caso precisa ser estudado, mas, existe de mesmo com a traqueostomia a possibilidade do paciente conseguir falar, é só ocluir o buraquinho e se tiver passagem de ar adequada, se a musculatura estiver toda bonitinha a gente consegue fazer com que o paciente fale, às vezes até deixar aquilo tampado.

É possível retirar a Traqueostomia?

Uma das dúvidas muito comuns que os pacientes trazem é se é possível retirar a traqueostomia, e muitas vezes é possível.

Em alguns casos a traqueostomia pode ser definitiva, mas isso vai depender claro, de casa caso, mas, muitas vezes a traqueostomia é temporária, ela é utilizada durante um período mais longo ou mais curto para que a gente possa proteger a via aérea.

Por exemplo, pacientes que na época do covid que muitas vezes precisavam ficar entubados de forma prolongada, fazia-se traqueostomia para proteger a via aérea de infecções, de estenose e de outras complicações. Esses pacientes depois que acordavam melhor, que se reabilitavam da doença e saiam da UTI, eventualmente queriam ir para casa podem tirar a traqueostomia. 

Claro, esse é um procedimento que acontece sempre sob supervisão, feito por um médico após uma série de exames.

Retirada da traqueostomia

Normalmente, a gente acaba fazendo sempre um exame de imagem (uma tomografia, uma ressonância) e um exame funcional para ver se as cordas vocais estão funcionando bem.

No exame funcional, a gente coloca uma câmerazinha pelo nariz ou pela boca para ir lá na garganta para ver se está tudo funcionando direitinho e se tem espaço para o ar passar, quando essas coisas todas estão bem organizadas e está tudo funcionando direitinho, a gente pode tirar a traqueostomia e normalmente o orifício (buraquinho da traqueostomia) ele cicatriza sozinho.

Nem é bom dar pontos para fechar ali no primeiro momento, porque pode ter o acúmulo de ar, pode ter alguma fístula ou dificuldade ali para cicatrização, então, a gente deixa esse processo correr de forma natural e espontânea.

Quando existe alguma complicação, alguma retração ou o orifício se mantém aberto com algum escape, a gente reestuda o caso e aí sim,, se for o caso, é feito algum procedimento menos invasivo para fechar o buraquinho, para poder fechar ali a passagem do ar.

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a imagem ilustra um boneco com uma traqueostomia

Dr. Arthur Vicentini da Costa Luiz

CRM-SP 154.086
Médico graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência médica em Cirurgia Geral e Cirurgia de Cabeça e Pescoço.

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