Sumário
A tireoidectomia consiste na cirurgia de remoção da tireoide, que pode ser necessária por diversos motivos, desde doenças benignas a malignas, como câncer de tireoide, que são identificadas pela presença de nódulos pelo próprio paciente ou durante o exame físico pelo médico e/ou achados de exames solicitados de rotina por outros especialistas.
Por isso, saiba quais são os cuidados necessários após essa cirurgia para que o paciente tenha uma boa recuperação e retorno o mais rápido possível às suas atividades normais. Acompanhe até o final!
Quando a tireoidectomia é uma opção?
Há 5 a 10% de chance que um nódulo na tireoide seja câncer, por isso, é muito importante a investigação de qualquer alteração presente para serem tomadas as medidas de tratamento, que normalmente incluem sua retirada cirúrgica, conhecida como tireoidectomia.
A maioria dos nódulos tireoidianos é benigna e, quando não há compressão de estruturas cervicais ou outros sintomas, não implica em investigação complementar nem procedimentos invasivos. Podemos ter cistos, adenomas e hiperplasias, que são as formas mais comuns de “nódulos” tireoidianos.
Dependendo do tamanho do nódulo, pode ser necessária a sua retirada devido à compressão e comprometimento de estruturas próximas. Em caso de comprometimento funcional da glândula, como no hipertireoidismo, a tireoidectomia também pode ser uma opção.
Como avaliar a necessidade de tireoidectomia?
Quando é identificado um nódulo ou qualquer alteração na tireoide do paciente, o primeiro passo é a realização de uma coleta de dados minuciosa sobre a história de saúde do paciente e de sua família durante a consulta médica com o Cirurgião de Cabeça e Pescoço.
Após essa primeira avaliação, realiza-se um exame físico para determinação do tamanho e consistência do nódulo, comprometimento das estruturas adjacentes e aumento dos linfonodos na região cervical, entre outros fatores.
Em seguida, para realização de um diagnóstico detalhado da origem do nódulo, avaliam-se exames laboratoriais, como os níveis de TSH (hormônio tireoestimulante), T4 livre e outros hormônios análogos, produzidos pela tireoide, além de exames de imagem,
O ultrassom costuma ser o melhor exame de imagem para avaliação de nódulos da tireoide e é capaz de sugerir se a alteração presente na glândula tem mais suspeita de ser benigna ou maligna. Quando associado à PAAF (punção aspirativa por agulha fina), as chances de definir com mais precisão se há câncer ou não são grandes. Assim, consegue-se avaliar a necessidade de tireoidectomia.
Quais as chances de um nódulo ser câncer e eu precisar de tireoidectomia?
São fatores de risco associados a nódulos de tiroide com maior risco de malignidade:
- Aumento do nódulo de forma repentina;
- Nódulo aderido a tecidos adjacentes;
- Consistência dura do nódulo;
- Paralisia da prega vocal próxima ao nódulo;
- Surgimento de metástases linfonodais e/ou à distância;
- Sintomas como rouquidão e dificuldade para engolir.
A tireoidectomia total ou parcial é, classicamente, indicada em pacientes com as seguintes condições:
- Suspeita ou confirmação de malignidade;
- Hipertireoidismo com intratabilidade clínica;
- Sintomas compressivos em demais estruturas do pescoço;
- Bócio mergulhante;
- Queixas estéticas do paciente.
Quais cuidados após a tireoidectomia são necessários?
Após a tireoidectomia, o paciente geralmente fica internado por aproximadamente 24 horas e tem alta no dia seguinte ao procedimento. Na maioria dos casos, o processo de recuperação e o controle de dor são bem tolerados.
Os principais sintomas desse período incluem dor leve ao engolir, dificuldade para movimentar o pescoço e tosse. Por isso, indica-se uma alimentação leve nos primeiros dias até que o paciente consiga engolir melhor porções maiores de comida.
Após a alta, deve-se realizar repouso em torno de 10 dias a 2 semanas. Nesse período, o paciente pode sentir dores brandas na região da cirurgia, que podem ser contornadas pelo uso de medicamentos.
A realização de esforço físico só é indicada após o período de repouso, pois pode gerar possíveis sangramentos e lesões no local de cirurgia que são capazes de ocasionar a necessidade de reintervenção e/ou aumentar o tempo de recuperação da tireoidectomia.
Durante a recuperação, deve-se estar atento também a possíveis infecções no local da cirurgia e possíveis lesões de estruturas adjacentes durante o procedimento, por isso, é importante buscar um Cirurgião de Cabeça e Pescoço experiente e capacitado para evitar esses problemas e ter um bom acompanhado pós-cirúrgico!