Dr. Arthur Vicentini

Sialolitíase: entenda o que é e como é tratada

Atualizado em: 26/10/2023
Tempo de leitura: 3 minutos
As glândulas submandibulares e parótidas são cruciais na produção e liberação de saliva. No entanto, obstruções de seus canais devido a mudanças na composição da saliva, como variações nos sais minerais ou redução do líquido, podem levar à formação de cálculos salivares (sialolitíase).
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Neste post, falaremos sobre o processo de formação dos cálculos salivares e as opções de tratamento, desde a eliminação espontânea de cálculos pequenos até procedimentos menos invasivos. Confira! 

Glândulas Salivares

Quando discutimos sialolitíase, deparamos com um nome complexo, extenso e de difícil compreensão. No entanto, ao analisá-lo de maneira detalhada, "sialo" refere-se à saliva e "litíase" à formação de cálculos, similar às litíases biliares e urinárias, termos mais familiares relacionados às pedras na vesícula e nos rins.

Existem diversas glândulas salivares em nosso organismo, incluindo as glândulas salivares menores que estão distribuídas em várias regiões da boca, como o céu da boca, a parte interna das bochechas, o soalho da boca e a garganta.

Por outro lado, as glândulas salivares maiores compreendem os três pares de glândulas localizadas de cada lado. Temos a glândula parótida, situada na parte frontal da orelha, as submandibulares que se encaixam sob o osso da mandíbula e as sublinguais, localizadas sob a língua, dentro da cavidade oral. Especialmente as glândulas submandibulares e parótidas possuem um único canal que transporta a saliva para a boca após a sua produção.

Processo de formação dos cálculos

Quando há obstruções ou dificuldades de drenagem nesses canais, devido a alterações na composição da saliva, como mudanças nas concentrações de sais minerais ou diminuição do volume de líquido, a saliva se torna mais densa e demora a sair das glândulas. Isso propicia a formação de cristais que se agrupam e originam pequenas pedras, conhecidas como cálculos salivares.

Essas pedras assemelham-se a pequenos fragmentos minerais. Com a formação de cálculos, que caracteriza a sialolitíase, enfrentamos uma dificuldade significativa na excreção de saliva. Isso frequentemente resulta em inchaço das glândulas salivares e obstrução do fluxo salivar, ocasionando dor, desconforto e incômodo consideráveis. Essa condição leva muitas pessoas a buscar ajuda em nosso consultório.

Como ocorre a remoção destes cálculos?

Em algumas situações, cálculos muito pequenos podem ser eliminados espontaneamente, enquanto em outras, a remoção pode ser realizada por meio de procedimentos menos invasivos. 

Em casos mais graves, especialmente no que diz respeito às glândulas submandibulares já acometidas por doenças, pode ser necessário considerar a remoção da glândula como alternativa. Uma opção mais moderna e recente envolve o uso da sialoendoscopia, que deve ser indicada com precaução.

Função da Sialoendoscopia

A sialoendoscopia se baseia, principalmente, na dilatação dos ductos salivares e na utilização de um dispositivo inserido no canal salivar para a remoção das pedras e a correção da obstrução, garantindo um fluxo mais adequado da saliva.

Portanto, se você conhece alguém que sofre de inchaço nas glândulas salivares durante a alimentação, especialmente antes de iniciar a refeição ou logo após o início da mesma, compartilhe este conteúdo com essas pessoas para que possam compreender melhor a sua condição e considerar a sialolitíase como possível causa.

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Imagem ilustra uma mulher sentindo desconforto na região da garganta.

Dr. Arthur Vicentini da Costa Luiz

CRM-SP 154.086
Médico graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência médica em Cirurgia Geral e Cirurgia de Cabeça e Pescoço.

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Médico examinando o pescoço de uma paciente em consultório, com ícone do YouTube sobreposto ao centro da imagem.

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