Em relação aos cânceres de laringe, por sua complexidade anatômica e funcional, a depender a localização do tumor, os sintomas podem se apresentar de formas distintas, com sintomas também diferentes entre si.
Seguindo o mesmo raciocínio, já que os tumores de apresentam de formas e em locais diferentes, o tratamento de cada um deles deve ser individualizado.
Quando se trata de tumores maiores, que levam a sintomas obstrutivos da via respiratória ou até invadem estruturas ao redor dela, esses tumores precisam ser tratados de forma mais agressiva.
Nestes casos, a cirurgia mais indicada é laringectomia total, procedimento no qual toda a laringe precisa ser retirada, levando o paciente a utilizar uma traqueostomia definitiva e utilizar formas alternativas de comunicação, já que a fala, como conhecemos, fica prejudicada.
Em algumas situações, é indicado, além da retirada da laringe, o conhecido esvaziamento cervical, no qual são retirados os linfonodos (chamados popularmente de gânglios linfáticos), a fim de realizar o estadiamento e reduzir o risco de recidiva desses tumores.
Em outras situações, em tumores não tão grandes e em localizações mais privilegiadas, é possível indicar o tratamento com cirurgias parciais.
As laringectomias parciais são realizadas através de uma pequena incisão no pescoço do paciente, ou então, por via endoscópica (dentro da boca). Diversos aparelhos podem ser utilizados, a depender da técnica escolhida, tais como microscópico, LASER, etc.
Outra opção de tratamento, quando indicado, é o uso de quimioterapia, radioterapia ou uma combinação das duas.
Quando a laringe ainda tem as suas funções preservadas (proteção das vias aéreas inferiores, permitir a passagem do ar e a fala) e o tumor está numa localização em que a cirurgia traria muitas sequelas, pode ser feito o tratamento com radioterapia e quimioterapia para preservar essas funções.
Vale lembrar que todos os tratamentos possuem riscos e benefícios, por isso, a escolha deve ser individualizada e pensada de acordo com cada caso. Normalmente, é feita de forma multidisciplinar, ou seja, os médicos e demais profissionais de saúde que acompanham o paciente se reúnem para definir o melhor tratamento junto com o paciente.