Sumário
Quando a gente fala de tumores de boca, estamos falando de várias regiões distintas da boca, como a língua, a parte interna da bochecha, a gengiva, o céu da boca, a região inferior da língua (soalho), entre outras. Portanto, o tratamento depende do tamanho do tumor, do tipo e da localização.
Fatores de risco para Câncer de boca
O principal fator de risco, ainda conhecido como o agressor para o câncer de boca, é sem dúvida o uso de tabaco e consumo de bebida alcoólica em grande quantidade. A combinação desses dois hábitos é bastante lesiva e aumenta a chance de termos o surgimento de um tumor de boca ao longo do tempo.
Não podemos esquecer que as alterações dentárias, dificuldade de higienização da cavidade oral e próteses dentárias mal acopladas podem levar a machucados frequentes na boca, desencadeando ao longo do tempo uma lesão crônica que pode desenvolver o câncer de boca.
Quando surge alguma lesão na boca, normalmente ela é dolorosa e deixa a região mais sensível, levando às sangramentos causados pela própria alimentação ou escovação.
Em algumas situações, essa lesão pode crescer e atrapalhar o encaixe de próteses dentárias causando dificuldade para mastigar, engolir e deixando os dentes amolecidos.
Diagnóstico para Câncer de boca
Para esses pacientes, o ideal é que seja feita uma investigação rápida com um Cirurgião de Cabeça e Pescoço.
Às vezes, o paciente passa pelo dentista, o próprio dentista faz uma biópsia e acaba encaminhando para o especialista em Cabeça e Pescoço para fazer o tratamento.
De qualquer forma, é necessária uma avaliação local, regional e à distância, principalmente para tumores maiores do que 1 ou 2 cm. Nesses casos, podemos fazer tomografia da região da boca, da face, do pescoço, e até uma radiografia ou tomografia de tórax para investigar o estadiamento.
Além desses, nós podemos fazer outros exames como a laringoscopia e a endoscopia para analisar se tem alterações no trato digestivo.
Tratamento para Câncer de boca
Com toda essa avaliação completa, o tratamento é indicado. Para os pacientes com tumores de boca, a maioria absoluta dos casos começa com um procedimento cirúrgico para fazer a remoção de todo o tumor.
Além disso, é preciso tirar uma margem de segurança de tecido sadio ao redor e talvez, tirar algumas estruturas nobres. Por exemplo, as glândulas salivares, o osso da mandíbula ou o céu da boca.
Dependendo do tamanho da lesão e de sua complexidade, pode ser que seja necessário um tratamento complementar com quimioterapia, radioterapia, imunoterapia ou a combinação desses fatores.
Esse tratamento costuma ficar a critério do oncologista clínico que precisa entrar em contato com o Cirurgião de Cabeça e Pescoço para decidir qual o melhor tratamento.
Depois disso, é necessário fazer um acompanhamento com exames de imagem e seguimento adequado para não haver chance de recidir. Caso a recidiva aconteça, podemos identificar precocemente e fazer o tratamento adequado, evitando maiores sequelas.