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As glândulas salivares podem ser acometidas por inflamações, infecções, estreitamentos e obstrução dos ductos salivares, formação de cálculos bem como nódulos benignos ou malignos. Em alguns desses casos, são necessárias biópsias e o tratamento mais indicado é a remoção cirúrgica de parte ou toda a glândula salivar.
Geralmente, a cirurgia de glândulas salivares é realizada em ambiente hospitalar com o paciente sob anestesia geral, por conta da proximidade destas glândulas com estruturas nobres. De toda forma, são necessários cuidados pré e pós-operatórios para que o tratamento seja bem sucedido.
As recomendações variam dependendo das necessidades de cada paciente, da glândula acometida, do tipo de doença e de outras características específicas. Preparamos este artigo para explicar como funciona o pré e o pós-operatório da cirurgia de glândulas salivares para que você entenda um pouco mais sobre como esse procedimento funciona. Continue lendo para saber mais!
Pré-operatório da cirurgia de glândulas salivares
Uma vez indicada a cirurgia das glândulas salivares, será necessário realizar exames pré-operatórios, tanto pela parte clínica quanto pelos cuidados e programação cirúrgicos.
O especialista solicitará exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética, para programar o procedimento. Caso tenha sido realizada uma biópsia, o laudo citológico também é fundamental, bem como exames básicos para conhecer a saúde geral do paciente (coagulograma, eletrocardiograma, radiografia de tórax e outros).
Conforme explicamos, na maioria dos casos é necessário realizar a anestesia geral. Por isso, o paciente precisa fazer jejum de 8 horas para evitar complicações respiratórias durante a anestesia. A administração de medicamentos deve ser avaliada pelo médico, porque algumas substâncias podem trazer alterações que prejudicam a cirurgia, coagulação e cicatrização.
Esse é o caso das fórmulas com ação anticoagulante, como o AAS (ácido acetilsalicílico), a heparina, o clopidogrel, xarelto, marevan e outros.
Outras recomendações podem ser realizadas para pacientes com necessidades mais específicas, como diabéticos, hipertensos ou com doenças cardíacas. O ideal é que você esteja atento às instruções do médico e siga os procedimentos à risca, pois essa preparação é fundamental para garantir uma cirurgia segura e uma boa recuperação no pós-operatório.
Pós-operatório da cirurgia de glândulas salivares
O pós-operatório da cirurgia de glândulas salivares costuma ser bastante tranquilo e pouco doloroso. Mesmo assim, são necessários alguns cuidados para garantir uma boa cicatrização, a recuperação total do local operado e para evitar inflamações, infecções e outros possíveis problemas.
Portanto, nos primeiros dias após a cirurgia o paciente deve evitar fazer esforços físicos mantendo repouso relativo. Em cerca de 10 dias é possível recomeçar algumas atividades mais leves, porém, para voltar a dirigir ou realizar atividades mais intensas, é necessário aguardar 15 dias (sempre aguardar autorização do seu médico para qualquer atividade).
Durante esse período de recuperação é possível que o paciente perceba a formação de edema (inchaço) no local, bem como o acúmulo de saliva. Porém, são situações que costumam ter resolução espontânea ou com uso de curativos e punções.
Dependendo da extensão da cirurgia e da região onde a lesão estava localizada, os nervos sensitivos e motores podem ser acometidos. Nesses casos, o paciente poderá perceber a redução dos movimentos da face, com a necessidade de ser acompanhado por um fonoaudiólogo para acelerar a sua recuperação. Também pode ser preciso ser assistido pelo nutricionista.
Restrições alimentares também podem ser necessárias para evitar produção excessiva de saliva. Recomenda-se evitar alimentos muito quentes, difíceis de mastigar, cítricos ou muito condimentados, a fim de preservar ao máximo local operado. Como também pode haver um pouco de dificuldade para mastigar e engolir, é interessante preferir uma dieta leve e sem excessos.
A abstenção do cigarro e das bebidas alcoólicas é fundamental nessa fase. Afinal, a composição e toxinas dessas substâncias lesionam o local operado e dificultam a cicatrização dos tecidos.
É importante ressaltar que a preparação para a cirurgia de glândulas salivares, o procedimento em si bem como o pós-operatório variam em cada caso. Portanto, esclareça suas dúvidas com seu Cirurgião de Cabeça e Pescoço e siga as orientações dele para garantir que tudo corra bem.