Dr. Arthur Vicentini

Tireoidectomia total e parcial: consequências e diferenças

Atualizado em: 20/05/2022
Tempo de leitura: 3 minutos
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A cirurgia de tireoide é uma cirurgia realizada com o objetivo de tratar problemas na glândula tireoide, como nódulos, cistos, aumento exagerado da tireoide ou câncer, podendo ser ela, total ou parcial.

Quando a gente fala a respeito de cirurgias de tireóide, existem várias técnicas diferentes e até novas com tentativas de esconder as cicatrizes, mas, grosseiramente, sempre falamos de tireoidectomia total ou parcial, ou seja, remover a glândula tireoide inteira ou apenas uma parte dela. Continue acompanhando e descubra suas diferenças e consequências!

Diferenças entre a Tireoidectomia Total e Parcial

  • As diferenças entre as duas estão muito relacionadas à:
  • Presença de nódulos dos dois lados;
  • Presença de malignidade;
  • A necessidade de fazer o tratamento com iodo radioativo depois do procedimento, entre outras.

Existem vários critérios técnicos que vão determinar se é preciso fazer a cirurgia de remoção completa de tireóide ou sua remoção parcial.

Consequências da Tireoidectomia Total e da Parcial

As consequências disso tudo tem que ser pensadas. Então, o que temos de benefícios em uma, o que temos de benefícios na outra e pontos positivos e negativos para chegar em um consenso entre o médico e o paciente com critérios técnicos para decidir.

Tireoidectomia Total

Normalmente, quando o paciente remove a glândula tireoide inteira, ele não produz mais hormônio tireoidiano e ele vai precisar tomar hormônio específico da tireoide, todo dia de manhã um comprimido em jejum, na dose adequada e isso vai sendo regularizado ao longo do tempo.

Outra coisa que temos quando fazemos a cirurgia geral da tireoide, é que mexemos dos dois lados nas estruturas nobres, tanto nos nervos da voz (nervos laríngeos inferiores ou recorrentes), quanto nas paratireoides. São glândulas pequenininhas que estão logo atrás da tireoide e que se elas não estiverem funcionando bem, a gente pode ter algum distúrbio de cálcio.

Tireoidectomia Parcial

Quando a gente faz a cirurgia parcial da tireoide, tiramos só um pedaço da glândula. 

Dos pacientes que não usavam hormônio, que tinham a tireoide normal, 80% deles não precisam tomar a reposição de hormônio, então aquele lado da tireoide que sobra é o suficiente para produzir a quantidade adequada de hormônio.

Além disso, a gente mexe em um nervo só, claro, sempre tentando preservar sua função principal, que é a movimentação das cordas vocais, então, nos preocupamos bastante com esse nervo, localizamos ele e usamos até alguns dispositivos eletrônicos para localizar este nervo, sendo sua preservação muito mais fácil e as do outro lado que não foram movimentadas, não foram manipuladas, ficam mais seguras ali naquela região.

O problema de tirarmos apenas uma parte dela, é que o que sobrou da glândula pode eventualmente desenvolver doenças ao longo do tempo, pode aparecer algum novo nódulo, algum tumor, algo assim e nos casos de tumores de tireoide, as que são um pouco mais agressivas, que tem uma chance intermediária  ou alta de recidiva, nós não conseguimos, tendo apenas uma parte retirada, fazer o tratamento complementar com iodo radioativo.

Então, veja que tanto a cirurgia total da tireoide, quanto a parcial, têm riscos e benefícios, pontos negativos e positivos e é por isso que é importante fazer um acompanhamento e tomar uma decisão junto com um cirurgião de cabeça e pescoço experiente que possa tomar a decisão personalizada para seu caso!

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Dr. Arthur Vicentini da Costa Luiz

CRM-SP 154.086
Médico graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência médica em Cirurgia Geral e Cirurgia de Cabeça e Pescoço.

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