Dr. Arthur Vicentini

Tireoidectomia

Atualizado em: 16/11/2021
Tempo de leitura: 2 minutos
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Ao fundo da imagem, há um médico com o ultrassom no pescoço de uma mulher deitada.

Tireoidectomia

Como dissemos em um recente artigo publicado aqui em nossa página, vamos discutir alguns aspectos relacionados às cirurgias de Tireoide, tanto total quanto parcial, e os tratamentos complementares.

Mas, antes disso, é preciso saber mais sobre o procedimento em si, bem como toda a sua história. Continue lendo para descobrir!

O que é a tireoidectomia?

A Tireoidectomia é, como relatamos, um procedimento muito frequente nos dias atuais, com excelentes resultados e baixos índices de complicações quando realizado por cirurgiões bem preparados e experientes.

Mas nem sempre foi assim. A história da tireoidectomia é controversa, e há quem diga que a primeira cirurgia para ressecção da glândula, num caso de bócio (aumento difuso, com sintomas compressivos das vias digestiva e/ou respiratória), ocorreu ainda na Antiguidade, no século V a.C.

No entanto, as complicações e o risco de problemas graves eram tão grandes que, em pleno Século XIX d.C., os famosos e respeitados cirurgiões Robert Liston e Samuel Gross afirmavam que a tireoidectomia era “um procedimento inimaginável”, e que nenhum cirurgião deveria tentar tal feito, devido aos riscos de hemorragia e óbito.

Felizmente, no início do Século XX, com contribuições de diversos precursores, o cirurgião suíço Emil Theodor Kocher padronizou a técnica da cirurgia, reduzindo as taxas de mortalidade de quase 50 para 6% e, com este trabalho, ganhou o Prêmio Nobel da Medicina em 1909. Vale ressaltar que a técnica de Kocher é ainda amplamente utilizada nos dias de hoje, tendo sofrido algumas modificações, mas mantendo suas bases pouco alteradas.

Tireoidectomia: procedimento

A tireoidectomia consiste, em linhas gerais, em retirar a glândula tireoide, uma glândula endócrina, produtora de diversos hormônios que ajudam a regular as taxas de metabolismo do corpo, e que estão associados, entre si, com outros vários órgãos e demais glândulas do sistema endócrino, formando um complexo mecanismo de feedback (ou, em português, retroalimentação).

É muito importante preservar as estruturas nobres presentes no pescoço, e intimamente relacionadas com a tireoide, devido à sua posição anatômica.  As principais estruturas são vasos sanguíneos e linfáticos, os nervos laríngeos (responsáveis pela movimentação e funcionamento das pregas vocais - chamadas, popularmente, de “cordas vocais”) e as paratireóides (pequenas glândulas endócrinas de número variável - normalmente são quarto, com tamanho médio semelhante a uma lentilha, e que participam do controle e metabolismo do cálcio em nosso organismo).

Confira também, nosso vídeo sobre o tema:

Continuaremos falando sobre a Tireoide, suas doenças e tratamentos específicos nos próximos artigos! Fiquem atentos!

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Ao fundo da imagem, há um médico com o ultrassom no pescoço de uma mulher deitada.

Dr. Arthur Vicentini da Costa Luiz

CRM-SP 154.086
Médico graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência médica em Cirurgia Geral e Cirurgia de Cabeça e Pescoço.

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Médico examinando o pescoço de uma paciente em consultório, com ícone do YouTube sobreposto ao centro da imagem.

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