Sumário
A cirurgia mais comum que existe na nossa especialidade, sem dúvida é a tireoidectomia, a cirurgia da tireoide.
Existem outras formas de procedimento: as cirurgias de glândulas salivares, de cavidade oral, de laringe (caixa da voz), mas as de tireoide sem dúvida são as feitas com mais frequência.
Conheça as técnicas de tireoidectomia
O procedimento clássico da tireoidectomia foi descrita há muitos anos, no início de 1900 por um cirurgião chamado Kocher. Desde essa época, a cirurgia vem sendo feita com poucas adaptações ao longo do tempo.
Uma das preocupações que os pacientes têm relacionadas com a cirurgia de tireoide é por conta da incisão na região anterior do pescoço, podendo ser maior ou menor, dependendo do tipo de cirurgia, do tamanho da tireoide e se precisa retirar os linfonodos, porém, não é um corte que costuma ficar muito evidente. Mesmo assim, algumas pessoas se incomodam com essa cicatriz no pescoço.
Há alguns anos, desenvolveram técnicas em que o corte era feita na região da axila ou em volta da auréola na mama.
Depois de algum tempo, com o uso da cirurgia robótica, desenvolveram outra técnica em que se fazia uma incisão na região posterior perto da linha de implantação do cabelo e uma dissecção bastante extensa até chegar à região da tireoide.
Porém, todas as técnicas citadas acima implicavam em uma situação: se você precisar tirar os dois lados da tireoide, duas incisões terão que ser feitas uma de cada lado.
Tireoidectomia transoral (TOETVA)
Por conta disso, nos últimos anos desenvolveram uma técnica ainda mais nova que parte do princípio de fazer uma incisão por dentro da boca. Nesse caso, os cirurgiões fracionam os lábios do paciente e fazem três pequenos furos dentro da boca.
Através de um material de vídeo, é possível soltar consegue soltar toda a região da pele por dentro do pescoço e acessar a loja da tireoide, que fica na região central do pescoço. E por meio da câmera com magnificação, é possível ver toda a região por uma tela e fazer a dissecção da tireoide, o selamento dos vasos para evitar o sangramento e a preservação de estruturas nobres, como: os vasos sanguíneos maiores, os nervos laríngeos e as paratireoides que são glândulas que fazem o equilíbrio do cálcio no nosso organismo.