Sumário
O tumor maligno nas glândulas salivares é uma condição em que células cancerígenas se desenvolvem a partir das glândulas que produzem saliva. Embora seja relativamente raro, sua ocorrência varia de acordo com o tipo de tumor e a localização.
A gravidade dessa condição reside no potencial de crescimento, infiltração e disseminação do câncer, podendo afetar a função das glândulas salivares, causar sintomas incômodos e representar um risco para a saúde e a sobrevida do paciente.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para melhorar os resultados clínicos e a qualidade de vida dos pacientes afetados.
Neste artigo, abordaremos em detalhes o tumor maligno nas glândulas salivares, incluindo quais os fatores de risco para seu desenvolvimento, quais os sintomas gerados e como proceder caso haja suspeita desse tumor. Leia até o final e tire as suas dúvidas!
Quais os fatores de risco para o desenvolvimento de tumor maligno nas glândulas salivares?
Existem vários fatores de risco associados ao desenvolvimento de tumores malignos nas glândulas salivares. Alguns dos principais fatores incluem:
- Idade: o risco aumenta com o avanço da idade, com a maioria dos casos ocorrendo em pessoas acima dos 50 anos;
- Exposição à radiação: terapias de radiação prévias, como tratamento de câncer de cabeça e pescoço e quantidade excessiva de exames de tomografia, por exemplo, aumentam o risco de desenvolver tumores nas glândulas salivares;
- Exposição a substâncias químicas: o contato prolongado com substâncias químicas, como amianto e formaldeído, pode aumentar o risco de tumores nas glândulas salivares;
- Infecção viral: alguns vírus, como o vírus Epstein-Barr, foram associados ao desenvolvimento de tumores nas glândulas salivares;
- História familiar: pessoas com histórico familiar de tumores nas glândulas salivares têm um risco ligeiramente aumentado;
- Sexo: alguns tipos de tumores nas glândulas salivares têm uma incidência maior em homens do que em mulheres;
- Tumores prévios: pessoas que já tiveram tumores benignos nas glândulas salivares têm um risco maior de desenvolver tumores malignos (transformação).
É importante ressaltar que ter um ou mais fatores de risco não significa necessariamente que a pessoa desenvolverá um tumor maligno nas glândulas salivares.
No entanto, esses fatores podem aumentar a probabilidade e, portanto, é importante estar ciente dos riscos e procurar orientação médica regularmente, com seu Cirurgião de Cabeça e Pescoço.
Quais os sintomas gerados por um tumor maligno nas glândulas salivares?
Os sintomas de um tumor maligno nas glândulas salivares podem variar dependendo do tamanho, localização e tipo de tumor. Alguns dos sintomas comuns incluem:
- Nódulo ou massa palpável na região das glândulas salivares (à frente da orelha, por dentro da boca ou abaixo da mandíbula);
- Dor persistente na área das glândulas salivares;
- Inchaço ou endurecimento da mandíbula, face ou pescoço;
- Dormência ou fraqueza nos músculos da face;
- Dificuldade em abrir a boca completamente;
- Dificuldade em engolir alimentos ou líquidos;
- Engasgos;
- Mudanças na sensação de paladar;
- Secura excessiva na boca;
- Drenagem de pus ou sangue pela boca;
- Perda de peso inexplicada;
- Rouquidão ou mudanças na voz;
É importante destacar que esses sintomas podem ser causados por outras condições além de tumores malignos nas glândulas salivares.
No entanto, se alguém apresentar sintomas persistentes ou preocupantes, é recomendável consultar um Cirurgião de Cabeça e Pescoço para avaliação e diagnóstico adequados.
Na suspeita de um tumor maligno nas glândulas salivares, o que fazer?
Se houver suspeita de um tumor maligno nas glândulas salivares, o primeiro passo é consultar um médico Cirurgião de Cabeça e Pescoço. O médico realizará uma avaliação clínica detalhada, que deve incluir:
- Histórico médico e avaliação dos sintomas: serão investigados os sintomas, sua duração e quaisquer fatores de risco presentes;
- Exame físico direcionado: será realizado o exame das glândulas salivares, procurando nódulos, inchaços, dor ou outras anormalidades. Também é importante avaliar os linfonodos e outras estruturas da face e pescoço;
- Exames de imagem: como ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM);
- Biópsia: a biópsia é o procedimento fundamental para confirmar o diagnóstico de um tumor maligno, podendo ser feita por punção aspirativa com agulha fina (PAAF), onde uma pequena amostra de tecido é coletada para análise, ou ainda de forma aberta.
Após a confirmação do diagnóstico de tumor maligno nas glândulas salivares, o paciente será encaminhado para um especialista em oncologia, que definirá o plano de tratamento adequado.
O tratamento pode envolver cirurgia para remover o tumor, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação dessas modalidades, dependendo do tipo, estágio e localização do tumor.
O suporte de uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos, enfermeiros e psicólogos, pode ajudar a lidar com os aspectos físicos e emocionais do tratamento do tumor maligno nas glândulas salivares.
Em caso do surgimento de algum(ns) desse(s) sintomas, procure um Cirurgião de Cabeça e Pescoço da sua confiança para investigar suas causas e iniciar o tratamento precoce, aumentando as chances de cura e reduzindo possíveis sequelas do tratamento e da doença.