Dr. Arthur Vicentini

O que é um Adenoma Pleomórfico e quais os sintomas?

Atualizado em: 19/07/2022
Tempo de leitura: 4 minutos
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O adenoma pleomórfico é um tumor benigno que acomete as glândulas salivares. Esse tumor apresenta um crescimento lento e não costuma provocar sintomas nos casos iniciais, porém, requer tratamento devido à possibilidade de crescimento progressivo e de evoluir para um câncer.

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O Que É Um Adenoma Pleomórfico E Quais Os Sintomas?

Não é raro o registro de casos de nódulos nas glândulas salivares maiores. Esses tumores podem ser malignos, porém, em sua maioria são condições benignas, como o adenoma pleomórfico. Você já ouviu falar sobre ele? 

Apesar do nome complicado e que pode assustar um pouco, o adenoma pleomórfico é uma doença benigna e de tratamento curativo não representando maiores riscos à saúde do indivíduo, se o tratamento for feito de maneira precoce e adequada. Porém, ele precisa de atenção devido à possibilidade de evoluções negativas. 

Neste artigo, você vai entender o que é esse tipo de tumor das glândulas salivares, os sintomas que provoca e as suas formas de tratamento. Continue lendo!

O que é o Adenoma Pleomórfico?

A palavra adenoma é um termo utilizado em Medicina para classificar condições benignas que se desenvolvem nas glândulas do corpo humano. Pleomórfico, por sua vez, é uma referência à diversidade celular, ou seja, à variedade de tipos de célula que podemos encontrar no nódulo, além do formato irregular.

Sendo assim, um adenoma pleomórfico é um tipo de nódulo benigno composto por diferentes células e que pode se desenvolver também nas glândulas salivares. Devido à sua característica, pode ser também chamado de tumor misto.

Essa condição é o tipo de tumor benigno mais comum que afeta as glândulas salivares maiores. Representa aproximadamente 80% das neoplasias que acometem a glândula parótida, que são as maiores glândulas salivares que temos, logo à frente das orelhas.

Quais são as causas e sintomas do Adenoma Pleomórfico?

Ainda não se sabe ao certo o que pode causar um adenoma pleomórfico, portanto, não podemos afirmar que existem fatores de risco relacionados ao mesmo. O que acontece é uma multiplicação celular desordenada (mas sem sinais de agressividade, o que sugeriria um tumor maligno). Com isso, a reprodução e aglomeração celulares levam à formação de um pequeno nódulo.

Geralmente é difícil fazer o diagnóstico precoce do adenoma pleomórfico. Isso porque ele pode permanecer despercebido por vários meses, até que comece a apresentar os seus primeiros sinais. Afinal, o adenoma pleomórfico tem como característica ser uma lesão que cresce lentamente e não provoca dor. Logo, o paciente pode não notar a formação do nódulo.

De toda forma, o sintoma mais evidente desse nódulo é a formação de um caroço firme e que não provoca dor, independentemente do local onde surge. Por isso, pode se manter presente por muitos meses ou até mesmo anos sem que a pessoa procure ajuda médica.

Quando surgem outros sintomas associados - dor, paralisia dos músculos da face, invasão da pele, vermelhidão e crescimento rápido - devemos dar ainda mais atenção a este nódulo, tendo em visto que esses são sinais de malignidade.

Apenas em raros casos, com longo tempo de evolução, é que vemos os adenomas pleomórficos sofrerem essa transformação maligna. Mas, em pacientes jovens, com nódulos evolutivos e sem tratamento adequado, é importante fazer o tratamento brevemente, para evitar desfechos desfavoráveis.

Em todo caso, sempre que surgirem sintomas como surgimento de nódulos nas glândulas salivares, dor, vermelhidão, febre, paralisia da face e etc, é indispensável procurar o Cirurgião de Cabeça e Pescoço o quanto antes para avaliação e programação de tratamento.

Não podemos negligenciar a presença desse tumor porque ele pode continuar crescendo e alcançar um grande volume, além de apresentar potencial para evoluir para malignidade. Ou seja, se transformar em um câncer.

Como o Adenoma Pleomórfico é tratado?

A principal forma de tratamento dos adenomas pleomórficos é a remoção cirúrgica. Quando ele está localizado no lobo superficial da glândula parótida é indicado fazer a remoção de toda essa estrutura, preservando o nervo facial.

No caso de estar localizado no lobo profundo da glândula é necessária a realização da parotidectomia total. Como o nervo facial, responsável pela movimentação dos músculos da face e da nossa expressão facial, passa no meio da glândula parótida, é importante que o Cirurgião de Cabeça e Pescoço seja bastante cuidadoso e experiente para que realize a dissecção do nervo e preservação do mesmo, retirando as porções superficial e profunda da parótida, onde está localizado o tumor.

É importante ressaltar que o prognóstico é positivo, com uma boa taxa de cura, mas é preciso uma atenção maior quando o adenoma se desenvolve nas glândulas menores. Isso porque nelas há uma tendência maior para evoluir para malignidade, além da possibilidade de recidivas locais. 

Como não se tem certeza daquilo que provoca o adenoma pleomórfico, é difícil fazer a prevenção por meio de medidas ou mudanças de hábito. Sendo assim, o mais recomendado é sempre prestar atenção a qualquer anormalidade anatômica e, em caso de dúvida, procurar o Cirurgião de Cabeça e Pescoço.

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A imagem mostra a ilustração de uma mulher sendo examinada por um médico.

Dr. Arthur Vicentini da Costa Luiz

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Médico graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência médica em Cirurgia Geral e Cirurgia de Cabeça e Pescoço.

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