Sumário
Neste post, exploramos como os especialistas avaliam e tratam as condições da tireoide, focando no uso do ultrassom, na classificação TIRADS e nas possíveis condutas diante de um diagnóstico de nódulos tireoidianos.
Que especialista é responsável por tratar da tireoide?
Os endocrinologistas, assim como os especialistas em outras áreas, frequentemente lidam com doenças relacionadas à tireoide, como hipotireoidismo e hipertireoidismo. Eles possuem uma abordagem funcional focada no tratamento dessas condições. Além disso, muitos endocrinologistas têm formação adequada para o cuidado de nódulos tireoidianos.
Por outro lado, os cirurgiões de cabeça e pescoço também estão capacitados para tratar dessas questões funcionais da tireoide. No dia a dia dos consultórios, é comum lidarmos com pacientes que, por preferência pessoal, optam por seguir o tratamento diretamente com o cirurgião, sem o acompanhamento de um endocrinologista.
A frequência de nódulos tireoideanos
Os nódulos na tireoide são extremamente comuns. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia, até 60% da população desenvolverá nódulos tireoidianos ao longo da vida. No entanto, é importante ressaltar que apenas uma minoria desses nódulos exigirá intervenção médica.
Quando um nódulo é identificado, o próximo passo geralmente é a realização de um ultrassom, que nos ajuda a determinar a necessidade de investigações mais detalhadas.
A importância do ultrassom no diagnóstico
Atualmente, os aparelhos de ultrassom são altamente sofisticados e permitem imagens de alta qualidade. Nos melhores laboratórios, até mesmo ultrassons portáteis estão disponíveis, oferecendo ótimas imagens para estudo. A partir dessas imagens, os especialistas podem avaliar se o nódulo apresenta características preocupantes e determinar a necessidade de uma investigação mais aprofundada.
O ultrassom oferece informações essenciais, como a composição do nódulo (se é sólido ou cístico), sua ecogenicidade (mais escuro ou mais claro), a profundidade em relação à largura, as margens (se são regulares ou irregulares), e a presença de calcificações.
Classificação TIRADS e a decisão de intervenção
Para avaliar a gravidade de um nódulo tireoidiano, utilizamos a classificação TIRADS (do Colégio Americano de Radiologia), amplamente usada no Brasil. Essa classificação leva em consideração diversos critérios observados no ultrassom, como o tipo de nódulo, a ecogenicidade, e a presença de calcificações, entre outros.
Cada característica observada no ultrassom soma pontos, que nos ajudam a determinar se o nódulo é mais suspeito ou não. Dependendo do tamanho e das características do nódulo, pode ser indicada uma punção aspirativa para investigação de malignidade.
Avaliação e conduta de nódulos tireoidianos
O conjunto de informações obtidas por meio do ultrassom e da classificação TIRADS não define um diagnóstico definitivo, mas orienta os próximos passos. Com base nessa análise, podemos decidir entre acompanhar o nódulo ou realizar uma punção para exame microscópico (biópsia).
A decisão de intervenção é tomada com base nos sinais de suspeita, como nódulos sólidos, hipoecogênicos, com margens indefinidas, profundos e com microcalcificações. Essas características indicam uma maior chance de malignidade e podem demandar uma abordagem mais invasiva.
Conclusão
Agora que você sabe mais sobre a avaliação e tratamento de nódulos tireoidianos, é importante lembrar que, ao identificar um nódulo ou receber resultados de um ultrassom preocupante, a melhor abordagem é encaminhar o paciente para um especialista em cabeça e pescoço. Esse profissional poderá avaliar o caso com mais precisão e definir o tratamento mais adequado.