Sumário
A tireoide é uma glândula muito importante do organismo humano. Localizada na região anterior do pescoço, ela produz hormônios que atuam diretamente no metabolismo, por isso, precisa estar funcionando perfeitamente, uma vez que alterações desses hormônios podem atingir todos os órgãos.
No entanto, problemas com a tireoide não são incomuns, e isso afeta o modo como ela se comporta fazendo com que a produção e liberação dos seus hormônios fique desregulada, provocando várias alterações no organismo.
Uma das doenças que pode afetar a tireoide é chamado de hipertireoidismo. Apesar do nome complicado, ele não é difícil de entender, mas exige muita atenção porque é fundamental realizar o seu tratamento para manter o equilíbrio da saúde. Continue lendo para saber mais.
O que é o hipertireoidismo?
A glândula tireoide é responsável pela produção de vários hormônios, entre eles o T3 e o T4, que precisam estar em níveis adequados no organismo para que o metabolismo funcione no ritmo correto. Alguns indivíduos têm um problema chamado de hipotireoidismo, quando há uma produção muito pequena dos hormônios, mas outras pessoas têm um caso contrário: o hipertireoidismo, que nada mais é do que o aumento inadequado de produção e liberação de hormônios tireoideanos.
Quando ele se manifesta, a tireoide apresenta uma hiperatividade. Isso significa que ela começa a produzir mais hormônio do que é necessário. Uma vez que ele é liberado na corrente sanguínea, alcança todas as partes do corpo, acelerando de forma indevida o metabolismo, trazendo diversas consequências negativas.
Quais são as complicações do hipertireoidismo?
Como os hormônios liberados pela tireoide regulam o funcionamento do metabolismo, quando eles estão em excesso, todo o organismo funciona mais acelerado do que deveria, fazendo com que os órgãos trabalhem mais.
Um dos sintomas mais frequentes do hipertireoidismo é a taquicardia, ou seja, a sensação de palpitação por conta do aumento do ritmo cardíaco. Com o aumento dos batimentos cardíacos por minuto, pode ocorrer uma sobrecargas, levando a arritmias como a fibrilação atrial.
Outro problema de não tratar o hipertireoidismo é o consumo excessivo de energia. Se o organismo está funcionando de forma acelerada, ele precisa de mais combustível, sendo assim, consome os estoques de gordura transformando-a nessa energia necessária.
Não se engane, porque isso não é bom. Afinal, a perda de peso que o indivíduo com hipertireoidismo sofre não é saudável, pois ele emagrece demais e de uma forma muito rápida, podendo atingir um peso abaixo daquele considerado como saudável e com consumo de massa muscular.
Existem, ainda, casos de aumento de peso, já que, apesar de aumentar o metabolismo, também surge aumento de apetite (hiperfagia), fazendo com que o paciente ingira mais alimentos do que o necessário.
Mas as complicações provocadas pelo hipertireoidismo não são somente físicas. Podem, ainda, surgir alterações como insônia, irritabilidade, ansiedade e agitação.
Algumas formas de hipertireoidismo podem vir acompanhadas de exoftalmia, ou seja, de uma protrusão dos olhos para fora da órbita, dando a impressão de que o paciente tem os olhos “esbugalhados”, como se diz popularmente. Discutiremos melhor esse assunto em outro texto.
Outros problemas que podem ser percebidos são:
● alterações na digestão;
● intolerância ao calor;
● fraqueza muscular;
● cansaço ou fadiga;
● diarreia.
Por isso, é fundamental perceber as primeiras manifestações e os sinais do hipertireoidismo e buscar um tratamento.
Como é feito o diagnóstico e tratamento do hipertireoidismo?
Com o surgimento de sintomas como esse que citamos, a suspeita diagnóstica começa a se fazer presente. Tendo procurado um Cirurgião de Cabeça e Pescoço e/ou um Endocrinologista, exames complementares serão solicitados para confirmar o diagnóstico.
Eles servem para verificar os níveis de hormônios e possíveis complicações já apresentadas nos órgãos-alvo. Outro procedimento realizado é a cintilografia, que ainda tem algum uso na atualidade, mas era muito utilizada antigamente para acompanhar estes pacientes. Além disso, o exame físico e a ultrassonografia de tireoide são grandes aliados para diagnosticar essa alteração da glândula.
O tratamento do hipertireoidismo pode ser feito por meio da administração de medicamentos que reduzem a quantidade e a atividade dos hormônios produzidos, além de beta bloqueadores, substâncias que minimizam os sintomas mais graves provocados pela doença.
Em certos casos, podemos lançar mão de um tratamento da Medicina Nuclear chamado Radioiodoterapia, em que se administra uma dose de iodo radioativo, com intuito de destruir parte das células da tireoide e, com isso, reduzir sua função.
Outra alternativa é a remoção cirúrgica da tireoide. Procedimento bastante eficaz e, quando realizado por profissionais treinados e experientes, traz poucos riscos de complicação e leva à remissão completa da doença, já que todo o tecido tireoideano é removido.
Cada caso precisa ser detalhadamente investigado e discutido, para que se tome a decisão de qual a melhor técnica para o tratamento, de forma individualizada e com os menores riscos de recorrência e complicações.
Confira também, nosso vídeo sobre o tema:
O importante é que o hipertireoidismo seja tratado corretamente, afinal, como você viu, ele traz diversas complicações, sendo algumas graves. Dessa maneira, é fundamental ficar atento aos sinais emitidos pelo corpo e procurar um especialista em Endocrinologia e/ou Cirurgião de Cabeça e Pescoço para ter um diagnóstico correto e iniciar um tratamento adequado.