Sumário
As doenças congênitas estão relacionadas com o nascimento. Muitas vezes, elas não se manifestam nesse momento, mas já estão no corpo desde o momento em que a criança está na barriga da mãe. A manifestação pode ocorrer durante a infância, na adolescência ou na vida adulta.
Como surge o cisto tireoglosso?
O cisto tireoglosso é um desses tipos de doenças, ou seja, ele nasce com o paciente e pode se manifestar em crianças pequenas na idade escolar, que é quando elas começam a ter mais infecções de garganta.
Esse cisto é uma alteração que acontece durante o nosso desenvolvimento embrionário. A tireoide se forma na base da língua, no fundo da garganta, quando ainda estamos na barriga da nossa mãe.
Ao longo do crescimento do embrião, a tireoide e as células descem e se alojam na frente do pescoço, local onde costuma ficar na maioria das pessoas. A questão é algumas células podem permanecer em outras regiões durante o trajeto, e acabam produzindo hormônios e acumulando alguma secreção.
Quando a criança começa a desenvolver muitas infecções respiratórias, resfriados, gripes, dores de garganta e dores de ouvido, ela desencadeia um processo inflamatório e infeccioso que gera uma bolinha vermelha e dolorida nessa região do pescoço.
Essa bolinha, que é uma secreção, costuma ter um pouco de mobilidade, e em algumas situações, pode vazar para a pele do pescoço. Não é tão comum, mas pode acontecer em casos de inflamação.
Como diagnosticar o cisto tireoglosso?
Em algumas situações, o cisto tireoglosso é achado em exames, ou seja, o paciente vai fazer ultrassom da tireoide, ultrassom doppler de carótidas, ressonância de coluna ou outro exame de imagem, e encontra um nódulo no pescoço.
Tratamento do cisto tireoglosso
O tratamento consiste em antibióticos durante uma ou duas semanas, e pode ser em caráter hospitalar ou ambulatorial, com o paciente em casa.
Depois de esfriar esse processo inflamatório, a cirurgia de retirada do cisto pode ser indicada para que ele não volte a inflamar e traga problemas.
Nesses casos, se o nódulo não for grande e não tiver nenhum tipo de sintoma compressivo que atrapalhe o ato de engolir, respirar e falar, o acompanhamento é indicado.
Em determinadas situações, quando a criança é pequena e tem um tempo de evolução mais longo para desenvolver as inflamações e infecções, a cirurgia pode ser indicada mesmo nessa idade.
Portanto, não existe um tempo específico para essa intervenção cirúrgica ser realizada. Mas, dependendo do caso, podemos fazer até em crianças pequenas de três, quatro ou cinco anos.