Sumário
A leucoplasia oral é um tipo de lesão que afeta as mucosas da boca. As principais causas estão relacionadas ao contato dos tecidos com agentes irritantes, como o tabaco e as bebidas alcoólicas, além de traumatismos repetidos por dentes e próteses dentárias sem manutenção. Requer tratamento e acompanhamento porque pode evoluir para o câncer de boca.
As leucoplasias orais precisam ser devidamente acompanhadas e tratadas. Neste artigo, você vai conhecer melhor a leucoplasia oral entendendo exatamente o que ela é, quais são as suas possíveis causas e de que maneira é feito o tratamento. Continue a leitura!
O que é a leucoplasia oral?
A leucoplasia oral é um tipo de lesão que acomete as mucosas da boca, sendo mais comum em borda lateral de língua, mucosa interna das bochechas (jugal), soalho de boca e gengivas. Se caracteriza pela formação de uma placa esbranquiçada que não provoca dor nem qualquer outro desconforto. Ou seja, trata-se de uma condição assintomática.
Embora não ocorram sintomas desconfortáveis, a leucoplasia oral tem características que ajudam a identificar o problema e também diferenciá-lo da saburra lingual (acúmulo de secreção / sujidades / restos de alimentos).
Você viu que se formam placas esbranquiçadas na cavidade mucosa oral, mas essas manchas não podem ser removidas por meio da escovação ou simples limpeza da língua. Também podem ser percebidas áreas mais grosseiras ou duras na boca, em especial no local onde as placas se formam.
A leucoplasia oral requer atenção porque é considerada uma lesão pré-maligna, ou seja, apesar de não apresentar as características de malignidade, pode evoluir dessa maneira, desencadeando tumores malignos conhecidos como carcinoma espinocelular
Por isso, mesmo não provocando sintomas desagradáveis, é muito importante que a leucoplasia seja acompanhada e devidamente tratada.
Quais são as possíveis causas da leucoplasia oral?
A leucoplasia oral é bastante comum em pacientes tabagistas e etilistas, além daqueles em que a higiene oral e os cuidados odontológicos não são bem realizados.
O que se sabe é que as placas esbranquiçadas se formam por causa do espessamento da camada de queratina, uma das camadas que compõem os tecidos de revestimento da boca.
Esse espessamento pode acontecer devido ao uso de tabaco, então, o hábito de fumar ou mascar tabaco provoca irritações na mucosa bucal e a tendência é de que os tecidos reajam por meio do espessamento superficial. Essa mesma reação acontece quando a mucosa oral tem contato com outras substâncias irritantes, como as bebidas alcoólicas em excesso.
Também vale citar que lesões avermelhadas e com as mesmas características, conhecidas como eritroplasias, são ainda mais perigosas e podem desencadear brevemente o surgimento do câncer de boca.
Como a leucoplasia oral é tratada?
O tratamento da leucoplasia oral é feito de acordo com as características de cada caso e as possíveis causas do problema. Quando se trata de uma infecção viral, por exemplo, são administrados medicamentos que ajudam o organismo a reagir ao vírus. Também podem ser recomendados medicamentos para aplicação direta nas lesões.
Como existe o risco de malignização, se houver suspeita, é feita a coleta de amostras da lesão para biópsia. Para eliminar as placas, é feita uma remoção cirúrgica dessas camadas endurecidas de queratina. Podem ser adotadas diferentes técnicas, como uma cirurgia convencional, a eletrocauterização, o laser de alta potência ou a criocirurgia.
No entanto, a leucoplasia oral é uma lesão muito resistente e com alto risco de recidiva. Assim, mesmo com o sucesso do tratamento, o paciente pode ter um novo quadro, exigindo a realização de outras intervenções. Daí a importância de fazer o monitoramento desse paciente mesmo que as placas tenham sido completamente removidas da primeira vez.
Adquirir o hábito de observar a cavidade oral é muito importante para identificar alterações como aquelas provocadas pela leucoplasia oral. Além disso, o ideal é manter hábitos saudáveis e fazer acompanhamentos médico e odontológico adequados. Dessa forma, qualquer alteração precoce poderá ser identificada de imediato para dar início ao tratamento e acompanhamento.