Dr. Arthur Vicentini

O Esvaziamento Cervical oferece riscos ao paciente? Descubra!

Atualizado em: 22/03/2022
Tempo de leitura: 4 minutos
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O esvaziamento cervical é um procedimento cirúrgico de alta complexidade e que, apesar de todos os benefícios que traz quando realizados de forma adequada, pode trazer alguns riscos para a saúde do paciente.

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O Esvaziamento Cervical Oferece Riscos Ao Paciente? Descubra!

Esses riscos podem ser relacionados a procedimentos em geral (tais como inflamações, infecções e sangramentos), mas, em casos de tumores mais avançados ou de questões técnicas específicas de cada paciente, também podem ocorrer danos ao nervos, redução de movimentos, rigidez cervical, dificuldade para engolir, entre outros.

O esvaziamento cervical é um procedimento cirúrgico realizado com o intuito de tratar e/ou estadiar o câncer de cabeça e pescoço. Para isso, é feita a retirada de algumas estruturas, como os linfonodos, glândulas salivares, tecido muscular, tecido adiposo, nervos e vasos sanguíneos.

A extensão dessa cirurgia varia dependendo da necessidade de cada paciente, do tipo de tumor e do tamanho do mesmo. Logo, existem diferentes tipos de esvaziamento cervical, e em cada um deles são retiradas determinadas estruturas e tecidos que sejam necessários para evitar ou tratar a metástase do câncer.

Embora esse procedimento seja muito importante para restabelecer a saúde do paciente, o esvaziamento cervical pode deixar algumas sequelas. Existem certos riscos envolvidos porque serão manipuladas estruturas nobres e delicadas. Por isso, a realização do tratamento deve ser muito bem planejada para definir aquilo que é melhor para o paciente.

Neste artigo, listamos os principais riscos envolvidos com o esvaziamento cervical, sendo aqueles que ocorrem após os procedimentos cirúrgicos de um modo geral e os quais são específicos deste tratamento. Continue lendo para saber mais!

Riscos pós-operatórios

Todo procedimento cirúrgico, ainda que seja considerado uma técnica simples e com menor grau de invasividade, pode oferecer riscos para o paciente. No caso do esvaziamento cervical, trata-se de uma cirurgia mais complexa que exige muitos cuidados no pré, no intra e no pós-operatório

Como em outras cirurgias, é preciso atenção durante a recuperação do paciente para minimizar a ocorrência de sangramentos, inchaços, inflamações e infecções. Todos esses riscos podem ser minimizados seguindo à risca as recomendações do seu Cirurgião de Cabeça e Pescoço, incluindo repouso, alimentação leve, administração de medicamentos, hidratação adequada e o cuidado com os curativos.

Riscos específicos do Esvaziamento Cervical

Além dos riscos relativos a qualquer procedimento cirúrgico, o esvaziamento cervical oferece alguns que são mais específicos em decorrência da região que está sendo manipulada.

Como explicamos na introdução, existem diferentes técnicas para a realização dessa cirurgia, o que implica também na extensão dela e nas estruturas e tecidos que serão removidos. Portanto, possíveis riscos e sequelas estão relacionados com o grau de invasividade do procedimento cirúrgico e a região do pescoço que está sendo manipulada.

Para saber ao certo quais são os riscos envolvidos com cada cirurgia é preciso conversar com seu Cirurgião de Cabeça e Pescoço para que ele faça a avaliação caso a caso. De toda forma, podemos apontar quatro riscos específicos dos procedimentos de esvaziamento cervical mais comuns para os pacientes. Veja a seguir:

Danos no nervo acessório

O nervo acessório tem ligação com o músculo trapézio, que utilizamos quando levantamos os ombros e os braços. Ele passa pela região do pescoço, onde estão localizados os linfonodos que são removidos nos esvaziamentos radicais, modificados e alguns dos seletivos.

Portanto, um dos riscos é a danificação desse nervo, o que pode causar uma paralisia temporária ou definitiva do músculo trapézio. Em alguns casos, é preciso até mesmo fazer a retirada desse nervo, quando há sinais de invasão do tumor na região.

Danos no nervo laríngeo recorrente

Além do acessório, existe mais o nervo que passa pela região cervical (dessa vez na parte central) que é manipulada no esvaziamento cervical. Trata-se do nervo laríngeo inferior, também conhecido como nervo laríngeo recorrente. Na realização da técnica de esvaziamento cervical do compartimento central esse nervo é manipulado e isso pode provocar a paralisia das cordas vocais, prejudicando a produção da voz.

Hipoparatireoidismo

Quando realizamos um esvaziamento cervical de compartimento central, relacionado a doenças da tireoide, por exemplo, as glândulas paratireoides podem ser manipuladas e ter sua função reduzida de forma temporária ou (de forma mais rara) persistentemente. Devemos tomar cuidados para evitar a retirada de uma ou mais paratireoides, para que não haja redução do PTH e, consequentemente, do cálcio sanguíneo.

Fístula linfática

As fístulas linfáticas estão relacionadas, principalmente, à manipulação da região cervical inferior esquerda, pois é ali que encontramos a parte final do ducto torácico, o vaso linfático mais importante de nosso organismo. Em caso de manipulação local, é importante que o cirurgião conheça a anatomia e faça ligaduras em todos os vasos da região, para evitar que se acumule ou mesmo extravase linfa, o que pode levar a complicações mais graves.

É muito importante conversar com o Cirurgião de Cabeça e Pescoço caso seja indicada a realização de um esvaziamento cervical. Assim é possível conhecer todos os benefícios e riscos envolvidos, além de saber como lidar com essas situações caso elas aconteçam. Procurar um especialista experiente é indispensável para garantir que seja aplicada a melhor técnica, reduzindo a possibilidade de sequelas e melhorando os resultados de seu tratamento. 

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A imagem mostra a ilustração de um médico examinando um paciente.

Dr. Arthur Vicentini da Costa Luiz

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Médico graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência médica em Cirurgia Geral e Cirurgia de Cabeça e Pescoço.

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