Dr. Arthur Vicentini

Entenda as causas e descubra como tratar o cisto branquial

Atualizado em: 16/11/2021
Tempo de leitura: 4 minutos
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O cisto branquial é uma doença congênita causada por problemas durante o desenvolvimento e a formação do feto. Ele pode ser identificado em pessoas de todas as idades, sendo o tratamento de escolha a remoção cirúrgica desse nódulo.

A Imagem Mostra Uma Pessoa Com A Mão No Pescoço.
Entenda As Causas E Descubra Como Tratar O Cisto Branquial

Então você percebe que existe uma massa amolecida na parte lateral do seu pescoço, talvez formando um abaulamento. Sintomas como esse costumam gerar preocupação, mas existem casos em que estão relacionados com quadros benignos, como um cisto branquial.

Esse tipo de cisto é uma doença congênita que tem seu início durante a formação do embrião. No entanto, apesar de nascermos com essa alteração, o diagnóstico pode surgir durante a infância, adolescência ou mesmo na fase adulta, quando ocorre o aumento de volume e uma possível compressão das estruturas do pescoço.

É possível fazer o tratamento do cisto branquial, e neste artigo explicaremos para você como isso é feito e o que pode levar à formação desse problema. Acompanhe!

Quais são as causas do cisto branquial?

O cisto branquial é uma doença congênita, ou seja, o indivíduo já nasce com ela. Não há fatores de risco conhecidos, tais como exposição a patógenos ou hábitos que o façam surgir, ou seja, é uma doença de apresentação esporádica, espontânea. Essa doença tem uma origem ainda mais distante, uma vez que ela se inicia durante a fase de desenvolvimento embrionário, no útero materno.

Nesse momento, são formadas estruturas primárias que vão evoluir dando origem a outras, ou apenas desaparecer, conforme não forem mais necessárias. Uma dessas estruturas é o aparelho branquial. Ele se encontra na região do pescoço, sendo formado pelos arcos e as fendas branquiais.

O cisto branquial ocorre quando acontece algum problema no desenvolvimento do feto e permanecem resquícios do aparelho branquial, que deveria ter regredido e desaparecido. Essas estruturas remanescentes dão origem a cisto ou fístulas na região do pescoço.

Sendo assim, essa doença é provocada por um problema durante o desenvolvimento intrauterino. É uma condição congênita, que já acompanha o indivíduo desde o seu nascimento. Não tem ligação com fatores genéticos, logo, não é uma condição hereditária, mas sim uma característica da própria pessoa.

Quais os sintomas do cistos branquiais?

De um modo geral, o cisto branquial não é percebido quando o indivíduo ainda é um bebê. É mais comum se manifestar ao longo do tempo porque pode haver um aumento de volume na região do pescoço, formando um nódulo ou massa cervical.

O cisto branquial se caracteriza pela formação de uma massa mole na lateral do pescoço, ou então um abaulamento nessa mesma região, muito próximo dos músculos. Existem casos em que há uma comunicação do cisto com a faringe ou com a pele, causando a saída de secreção (conhecido como fístula).

Esse problema não costuma provocar dores, sendo, portanto, um nódulo indolor. Porém, podem ocorrer inflamações ou infecções, e esses quadros levam a manifestações dolorosas, seguidas também de vermelhidão na pele.

A fase de maior incidência de sintomas e, portanto, do diagnóstico, é a infância, quando apresentamos uma série de infecções respiratórias, que podem levar a inflamações ou infecções do cisto em si, causando os sintomas aqui relatados.

Com o passar do tempo, a tendência é de que o cisto branquial aumente o seu volume gradativamente. Isso acontece porque ele acumula secreções em seu interior. Em quadros de infecções respiratórias, como gripes, resfriados e problemas de garganta, a tendência é de que esse nódulo fique ainda maior.

Como é feito o tratamento do cisto branquial?

Para que o cisto branquial seja tratado de forma definitiva, a principal técnica adotada é a cirurgia. É preciso remover completamente o nódulo, além de trajetos fistulosos que possam ter se desenvolvido para a região da faringe e/ou da pele.

Essa medida também vai evitar futuras inflamações e infecções decorrentes desse quadro. Além disso, a cirurgia é um método definitivo que evita a recidiva do cisto branquial, mas é preciso que o tratamento seja realizado por um Cirurgião de Cabeça e Pescoço experiente.

O paciente precisa de internação hospitalar e normalmente utilizamos anestesia geral, uma vez que esse cisto se forma em uma região muito delicada e repleta de estruturas nobres. Há uma proximidade com nervos que exercem funções sensitivas e motoras, também com a veia jugular e outros vasos sanguíneos. Logo, é preciso muito cuidado na hora de fazer a ressecção de cisto, principalmente quando há ou já houve processos inflamatórios/infecciosos relacionados ao cisto.

Não existe uma idade ideal para fazer a cirurgia, mas o ideal é que não haja inflamação ou infecção vigentes. Em alguns casos, pode ser necessária a punção ou até a drenagem do cisto, para viabilizar a cirurgia, em um segundo momento.

Confira também, nosso vídeo sobre o tema:

O tratamento do cisto branquial é importante por causa das complicações que ele traz, inclusive levando à dificuldade para engolir por causa do aumento de volume. Mas não se esqueça de que a cirurgia precisa ser feita por um excelente Cirurgião de Cabeça e Pescoço, a fim de preservar todas as estruturas nobres que estão ao redor do nódulo e manter as funções dos órgãos e demais estruturas cervicais.

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A imagem mostra uma pessoa com a mão no pescoço.

Dr. Arthur Vicentini da Costa Luiz

CRM-SP 154.086
Médico graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência médica em Cirurgia Geral e Cirurgia de Cabeça e Pescoço.

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