Dr. Arthur Vicentini

Tireoidectomia Total x Tireoidectomia Parcial

Atualizado em: 16/11/2021
Tempo de leitura: 2 minutos
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A remoção da glândula tireoide, chamada de tireoidectomia, é um dos procedimentos cirúrgicos mais comuns dentre os realizados pelos Cirurgiões de Cabeça e Pescoço. As indicações para essa cirurgia foram explicadas em um artigo anterior, em nossa página (leia aqui).

Atualmente, uma das maiores discussões relacionadas ao tema é sobre a extensão do procedimento, ou seja, se a cirurgia compreenderá a ressecção de toda a glândula tireoide ou apenas de uma parte dela.

Antigamente, era muito frequente, a depender da doença apresentada, a ressecção de nódulos ou retirada subtotal da tireoide. Hoje, acredita-se ser mais adequada a retirada de, pelo menos, todo o lobo (porção lateral da glândula) e do istmo (porção central e anterior da mesma).

Com o desenvolvimento de pesquisas em todo o mundo e com a evolução do conhecimento científico, alguns fatores mostraram-se importantes para definir a retirada de apenas um lado da tireoide ou de toda ela. 

Na presença de nódulos benignos unilaterais, e que causam sintomas, é possível a retirada apenas deste lobo. 

Os tumores malignos de tireoide são, em sua maioria, de bom prognóstico e apresentam altas taxas de cura, quando tratados de forma adequada. 

Fatores que influenciam a tireoidectomia

Os principais fatores sugestivos de agressividade desses tumores são: 

  • Tamanho maior que 4 cm;
  • Extravasamento em relação a cápsula da tireoide com invasão de estruturas próximas à glândula;
  • Subtipos celulares mais agressivos;
  • Presença de linfonodos cervicais acometidos (chamadas metástases linfonodais);
  • Invasão de nervos e vasos intratireoideanos (chamada de invasão perineural ou vascular);
  • Multifocalidade (mais de um nódulo maligno ao mesmo tempo).

Quando estas características não estão presentes, em determinados casos, pode-se ponderar, também, pela retirada de apenas um lobo e do istmo, sendo que nas outras situações a tireoide toda deve ser removida, podendo ou não ser necessária a retirada dos linfonodos cervicais (saiba mais clicando aqui).

Nos próximos artigos, discutiremos as possíveis complicações da tireoidectomia e os benefícios de se realizar, quando indicado, uma tireoidectomia parcial.

Discutiremos também as indicações de tratamento complementar, com iodo radioativo, a chamada radioiodoterapia.

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Dr. Arthur Vicentini da Costa Luiz

CRM-SP 154.086
Médico graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência médica em Cirurgia Geral e Cirurgia de Cabeça e Pescoço.

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