Dr. Arthur Vicentini

Traqueostomia: Quando é necessário trocar a cânula?

Atualizado em: 04/07/2024
Tempo de leitura: 2 minutos
A traqueostomia é um procedimento crucial realizado para facilitar a respiração diretamente pela traqueia, proporcionando alívio a pacientes com obstrução na região superior da garganta ou após laringectomia. 
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No post de hoje, abordaremos as indicações para realizar a Traqueostomia e a importância da troca regular da cânula para prevenir complicações. Confira! 

Indicações da Traqueostomia

Quando se menciona traqueostomia, refere-se à criação de uma pequena abertura no pescoço para permitir que o ar entre diretamente pela traqueia até os pulmões, facilitando a respiração do paciente.

Este procedimento é realizado quando há obstrução na região acima da caixa da voz ou após a remoção da própria caixa da voz, conhecida como laringectomia. É comum em pacientes com condições específicas, idosos ou crianças com problemas neurológicos, que enfrentam dificuldades para engolir e correm risco de aspiração de alimentos ou saliva para os pulmões.

Troca da Cânula na Traqueostomia

Falando especificamente sobre a troca da traqueostomia, a cânula é um dispositivo geralmente feito de metal ou plástico, sendo estes os materiais mais comuns. Às vezes, inclui-se um "cuff" que é um balãozinho insuflado ao redor da cânula de plástico, ou um canal intermediário, um canudo que é inserido dentro da cânula principal e removido para realizar a lavagem e limpeza com água e sabão. Após a limpeza, a cânula pode ser reintroduzida para manter a permeabilidade da traqueostomia. 

Tanto as cânulas de metal quanto as de plástico possuem uma vida útil, que geralmente varia de 3 a 6 meses, podendo ser um pouco mais ou menos dependendo das condições do paciente. É recomendável trocar a cânula regularmente para garantir o funcionamento adequado da traqueostomia.

Importância da Troca da Cânula

A troca da cânula na traqueostomia deve ser realizada por um profissional qualificado e experiente, com capacidade para lidar com possíveis complicações e equipado com os recursos necessários. É essencial que essa troca seja feita em um ambiente adequado, com infraestrutura para resolver qualquer problema que possa surgir durante o procedimento.

Idealmente, a troca deve ser conduzida por cirurgiões de cabeça e pescoço, otorrinolaringologistas, cirurgiões torácicos ou até mesmo fonoaudiólogos especializados nesse tipo de manipulação.

Frequência Recomendada

Normalmente, a troca da cânula deve ocorrer a cada 3 a 6 meses devido à colonização bacteriana e à deterioração do material. Problemas como quebra da traqueostomia, vazamentos ou acúmulo excessivo de secreção podem ocorrer ao longo do tempo, aumentando o risco de infecções e obstruções respiratórias devido à formação de biofilme e colonização bacteriana.

Se você conhece alguém que utiliza traqueostomia por um período prolongado, seja temporário ou definitivo, é crucial conscientizá-los sobre a importância da troca regular do dispositivo.

Deixar a traqueostomia por muito tempo sem trocar pode impactar negativamente a saúde, a qualidade de vida e a respiração da pessoa, além de potencialmente comprometer sua segurança.

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Imagem ilustra um homem idoso, com uma cânula na região da tiroide.

Dr. Arthur Vicentini da Costa Luiz

CRM-SP 154.086
Médico graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com residência médica em Cirurgia Geral e Cirurgia de Cabeça e Pescoço.

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