Sumário
Lesões na tireoide são comuns e, na maioria das vezes, benignas. Neste artigo, o Dr. Artur Vicentini explica a diferença entre cistos e nódulos, quando é preciso investigar e quais sinais merecem atenção.
Você sabe a diferença entre os nódulos e cistos de tireoide?
Uma dúvida que surge com frequência nos consultórios diz respeito às lesões de tireoide. O termo "lesões de tireoide" é utilizado porque existem diversos tipos de alterações anatômicas que podem acometer essa glândula.
Ao abordar esse tema, está sempre se referindo à glândula tireóide, uma estrutura com formato semelhante ao de uma borboleta localizada na parte central do pescoço. Essa glândula é responsável pela produção de hormônios que regulam a velocidade do funcionamento do organismo.
Existem tanto questões funcionais quanto anatômicas relacionadas à tireoide. Em muitos casos, durante exames, especialmente o ultrassom, que é o mais comum, podem ser detectadas lesões na glândula.
Essas lesões podem ser chamadas de tumor, nódulo ou até câncer, dependendo do caso, e podem ter diferentes origens. A mais comum e, geralmente, sem impacto clínico relevante, são os cistos.
O que são cistos?
Cistos são pequenas bolsas de líquido ou de outras substâncias semelhantes. Na tireoide, geralmente são preenchidos por colóide, uma substância parecida com gelatina, onde o hormônio tireoidiano é armazenado antes de ser liberado para o restante do corpo por meio da corrente sanguínea.
Em geral, os cistos são pequenos. Quando crescem muito, podem causar desconforto, comprimir o pescoço ou até apresentar sangramentos, formando os chamados cistos hemorrágicos, que podem causar dor e sintomas compressivos. No entanto, esse cenário é menos comum. O mais frequente são cistos pequenos que, por vezes, desaparecem espontaneamente.
O que são nódulos?
Outro tipo de alteração são os nódulos. Diferentemente dos cistos, os nódulos são compostos por células, sendo estruturas mais sólidas. Eles podem apresentar componentes mistos, com áreas líquidas e sólidas. Apesar de muito comuns e, na maioria das vezes, benignos, existe uma pequena porcentagem entre 7% e 10%, que pode ter algum grau de malignidade.
Nem todos os cistos ou nódulos exigem biópsia. Existem critérios específicos para determinar quando uma investigação mais aprofundada é necessária. Esses critérios seguem classificações e recomendações internacionais, mas a experiência do especialista, seja ele cirurgião de cabeça e pescoço, endocrinologista, clínico geral ou geriatra, também deve ser considerada.
Se alguém realizou um exame e encontrou um cisto ou nódulo, ou se percebeu um caroço, inchaço, dor, incômodo ou dificuldade para engolir, é importante buscar orientação médica.
É possível identificar nódulos e cistos da tireoide sem exames?